Direito Gremista

A criação e o desenvolvimento de um direito interno para o Grêmio significam não apenas a possibilidade de aprimoramento institucional: são imposição da grandeza do Grêmio, que deve ser perene. O direito é história, é cultura, é experiência. Pelo direito, as decisões das gerações passadas são transmitidas para as gerações futuras, para que as melhores soluções encontradas no enfrentamento de cada situação fiquem registradas e possam ser utilizadas se e quando necessário. É por meio do direito interno do Grêmio que, por exemplo, as boas experiências decorrentes da interação entre o o Conselho Deliberativo e um bom Vice Presidente, encarregado do futebol ou das finanças do Grêmio, ficará registrada e poderá ser aproveitada por quem estiver exercendo esses cargos no futuro. O direito interno do Grêmio deve ser elaborado pelo Conselho Deliberativo, com a participação ativa do Conselho de Administração, e registrado em Resoluções do Conselho Deliberativo que sejam de observância obrigatória não apenas para o Conselho de Administração como também para a estrutura administrativa permanente do Grêmio: os gestores profissionais. O Grêmio vai continuar existindo além da vida de todos nós e as boas experiências do passado não podem ser perdidas quando não estivermos mais aqui. Além desse papel educativo, o direito estabelece limites que podem ser bastante úteis no sentido de impedir que no futuro sejam repetidos erros do passado, como servem de exemplo as enormes dívidas feitas no início do milênio, que nos custaram uma década sem títulos expressivos em troca de apenas uma Copa do Brasil (a de 2001), e, o que é pior, sem que as pessoas que fizeram isso tenham sido responsabilizadas.

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