Política é a arte que diz respeito à administração da polis (cidade, com sentido de Estado). O Grêmio segue modelo semelhante ao do Estado brasileiro: tem Presidente e Vices (funções do Executivo) e Conselho Deliberativo (funções do Legislativo e do Judiciário). Além disso, o Grêmio é composto por aproximadamente 50 mil associados em um universo de bem mais do que os 7 milhões de torcedores contados no Rio Grande do Sul. Esse é o povo gremista. O território do Grêmio não é apenas o estádio Olímpico Monumental ou, no futuro, a Grêmio Arena. O território do Grêmio é maior do que a cidade de Porto Alegre, que o estado do Rio Grande do Sul, é maior do que o Brasil e a América. O território do Grêmio é o Mundo. Não há distâncias para a nação gremista, que orgulhosamente veste a camiseta gremista onde estiver, ainda que o Grêmio não esteja lá. Somando Governo, Povo e Território é perfeitamente possível falar em política gremista.
Em sentido contrário à grandeza e à força da torcida gremista, que só crescem, o anverso da moeda não anda tão bem. A administração do Grêmio continua sendo basicamente a mesma do século e do milênio passados. Descendentes de grandes gremistas ocupam posições mais em virtude da própria ascendência do que de seus méritos pessoais. São filhos de velhos amigos que crescem juntos e que depois não conseguem trair a amizade que têm, quando um ou alguns deles causam prejuízos ao Grêmio. Ao não traírem a amizade que têm, traem o amor que sentem pelo Grêmio e as esperanças dos milhões de gremistas espalhados pelo mundo.
É urgente e imprescindível alterar esse quadro. O Grêmio precisa de novos líderes. Não apenas novos, mas principalmente com mérito e capacidade suficientes para contribuir com o engrandecimento do Grêmio. Sem dívidas de favor com quem os indicou para uma chapa do Conselho Deliberativo, onde começa a vida política no Grêmio. Sem a pretensão de que o mérito e a capacidade de bem administrar o Grêmio sejam fruto da herança genética, não do esforço individual. Precisa, isso sim, de pessoas que tenham demonstrado em suas vidas pessoal e profissional a firmeza de caráter, a capacidade criativa e o empenho indestrutível de prosperar e vencer. Esse é o perfil dos necessários futuros líderes gremistas.
Mas para que isso possa acontecer várias etapas devem ser superadas.
Extinção da cláusula de barreira
Possibilidade de chapas menores na eleição para o Conselho Deliberativo
GRÊMIO 21 